Na porta junto ao poço
há um menino que olha
o fundo seco e clama,
clama ao Deus de seus pais
por água para seu bezerro
e depois para si
Olha em profundo pela porta e prepara um pranto
que
(des)escoará por todas as (t)er(r)as
um sedento menino levita
que herda e antecipa
o alforje, as cicatrizes
e o manto
de todos os poetas
Pois por estes também veio o REDENTOR,
para apregoar que um dia não haverá
mais lágrimas
e nossa pequenina missão, ó poetas,
estará cumprida.
in Portas de Jerusalém (e-book Uma Abertura na Noite)
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