terça-feira, 29 de março de 2011

PASSOS NO DESERTO

Por Tua vontade
Nada fazias
Tua vontade e a do Pai
Numa só se unia

Pelo Santo Espírito
Levado ao deserto
Nada sabias por certo
Que sorte Te aguardava
Mas tranqüilo ao Pai Te confiavas

Ali 40 dias isolado
Gente não, só bichos vias
Em oração e jejum dedicado
Por 40 dias pelo Inimigo tentado

A fazer Tua vontade instigado
Dar mostra de super poderes
Comer pão da pedra tirado
Pular de alto abaixo para todos Te verem

Viste nisso indicio de teima
Tentação a Teu Deus
E estavas certo no que discernias
Até que em certo ponto Tua ira irrompeu

Foi quando o Tentador
O mundo Te ofereceu
Em troca de adoração
Então o mandaste virar mundo
Pois só a Deus se deve prostração

Diante de tamanha fidelidade
Mostrada em lugar tão ermo
Teu Pai mostrou a Ti bondade
Por mão de anjos um banquete
Para pessoa tão importante
Que jamais alguém vira antes.

Estes foram Teus passos
Dado em lugar ermo
Confiança em Deus foi o
Teu termo
A lição que Teus passos nos deixa:
Vence que em Deus se deleita.


Poema de Pastor Luiz Flor dos Santos para o projeto do livro Passos de Jesus.

O FÚTIL EM ÚTIL – POEMA FRASAL

Perguntariam alguns:
O que faz Jesus ladeado
De pessoas tão ignóbeis
Iletradas até e toscas
Como estes que Ele escolheu
Para Seus sucessores
E filhos do grandioso Pai?
Respondo como sendo Eu mesmo
Um deles:
Concordo com o que disseste.
Não posso desdizer tua certeza.
Mas acrescento a Ti um fato
Que não tens:
Jesus é especialista
Em transformar o FÚTIL
Em ÚTIL.


Luiz Flor dos Santos

segunda-feira, 28 de março de 2011

NEM SÓ

“Não se vive só de pão, mas também de toda a palavra que vem de Deus”
Evangelho segundo Mateus 4:4

nem só de pão
do que os dentes arrebatam
à fome vivemos
há também as palavras

nem só de fandangos da noite
de vigílias quebradas nas mãos cheias
mas também dos silêncios
dos olhos que se perdem e rendem

nem só de paixão se faz a canção
faz-se de flores de pedra
e risos de dor faz-se enfim
sempre de palavras antigas
que nos vêm inteiras da boca de Deus
reditas em sempre
novas sílabas

28/03/11

33° PARA-GAL


33°

Senhor dos Exércitos,
O que me despedaçou?
Onde estão meus cacos,
Para que eu os recolha,
Ó Mor-Oleiro?
Oh Deus Vivo
Eu que já fui soldado infiltrado
Por trás das linhas inimigas...
Que veneno utilizaram
Para calar meu amor?
O combate hoje sustentado
Não era 30 vezes mais renhido,
Mais vivo?

Amor, amor
Cápsulas de antídoto
Amor
O amor
A cura para meu coração
O raio gama que me transmute
Num mutante azul ou gigante verde,
A destroçar os aparatos
Inimigos por dentro
- Uma cápsula de amor ágape-cianídrico
Ministra-me, meu Médico -
Eis-me aqui
Cura-me a mim
Envia-me a mim
Eis-me aqui
Eis-me aqui

Pois conheço o inferno Senhor,
Já discursei em suas tribunas,
Fui-lhe um poeta, sorvi
Direto de sua cornucópia
O fel sinistro feito
Com os mais doces açúcares
E não tenho medo, Senhor.

Envia-me a mim
Minha antiga patente de cabo
Da Tua legendária 33° PARA-GAL,
33° Divisão de Pára-Quedistas Galileus,
Eu imploro de volta, meu General

Vocacionaste-me para a guerrilha eletrônica,
Treinando-me em operações de guerra psicológica
E contra-medidas em tecnologia da informação
E nisto eu milito
Todos os dias
Com blogs, tweets, emails,
Redes sociais
Contatando, interligando, capacitando
Outros operativos, milhares em rede,
Sabotadores do império inimigo
Mas sei também minha vocação
Para a guerra convencional
E sua guerrilha

Tira-me novamente
De minha zona de conforto e micro-rebelião
Lança-me contra a corrente ao
seio dos despedaçados,
Brulote* incendiado
Aos sete mares
Com o ágape e as lágrimas
Que agora me fazem tão dura falta
Com os porões fartos
De especiarias
- pães, cobertores e Bíblias –
Velas infladas por tua LUZ

Reforça as antigas alianças
Os guerreiros sem nome que não temem
As sombras, reversos piratas
Que singram sem submergir
as águas da Morte,
Sagazes saqueadores do Inferno
Que me deste encontrar
Pelos templos e favelas deste mundo
Arme nossa nau, Senhor Jesus
Carregue nossos canhões
Com lírios
Que eu possa todos os dias
Enviar-te em oração
A notícia que enviaste um dia a João Batista:
“...os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos
são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam
e aos pobres anuncia-se o Evangelho.” Lc 7.22

Explodir os ferrolhos das prisões
Único motivo de eu ter nascido
Único motivo para nascer
Deitar granadas de LUZ
Nos bunkers de Satã
Boom boomm booommm

Na base do inferno
Semear o conhecimento
De Tua Glória
Armar escaramuças
Levar as batalhas
da periferia e fronteiras
direto aos centros nevrais do Sheol
- países, povos, prisões, sarjetas, hospitais -

reviva-me a mim
envia-me a mim
a lançar Tuas palavras
- lírico artefato de luz e estrépito -
eis-me aqui
ao núcleo duro
da sinagoga de Satanás
boom  boomm   booommm

*Barco não-tripulado, incendiado e carregado de materiais inflamáveis e explosivos, lançado via correnteza em direção aos navios inimigos.


Sammis Reachers 
(texto e imagem)

sábado, 19 de março de 2011

Para uma mulher sentada entre flores


Mulher sentada entre flores
O teu rosto entrega-me a paz
redonda doçura entre cabelos
quando cerras os olhos
fico fechado dentro deles
nas tuas mãos
cruzadas mãos trabalhadoras
tropeça a minha ternura
sozinha
tens o sol do teu lado
como um muro de ouro
por onde o sonho se atravessa
e fico em silêncio contigo.

18/3/2011

Poema inédito de J.T.Parreira

quinta-feira, 10 de março de 2011

MULHER SOBRE OS PÉS


“Maria escolheu a melhor parte que não lhe será tirada.”
Evangelho de Lucas 10:42

há momentos em que a mulher
se senta sobre os pés aos pés
do Mestre
e assenta os pensamentos
sobre as flores do regaço

há momentos de recusa
da orquestra para ouvir
o silêncio na voz
do Mestre, apenas
o timbre azul da sabedoria
que dela vem em água

há momentos de sorrir
frágil abertamente fechar
os olhos à largura toda
do abraço dum irmão mais velho

momentos em que sacode o peso
do mundo o pó dos trabalhos

então a própria morte
se esquece de quem é
e morre


Rui Miguel Duarte
08/03/11
A propósito do dia internacional da Mulher 

Refugium

Na constância leal dos silêncios
o refugium
onde permaneço
descalça.
O solão que me acolhe
o espólio
e o gotejar da alma
em contrição.
Aqui aguardo
que o feixe prodigioso
me atinja
e arranque a nostalgia.

Florbela Ribeiro®

sexta-feira, 4 de março de 2011

PASSOS NO DESERTO

(Este poema é uma meditação da conduta do Senhor em ocasião de tensão e Sua brilhante vitória que nos estimula a depender dEle para ser tão vitorioso como ele o foi. Para mim é fascinante observar Seus passos).

Por Tua vontade
Nada fazias
Tua vontade e a do Pai
Numa só se unia

Pelo Santo Espírito
Levado ao deserto
Nada sabias por certo
Que sorte Te aguardava
Mas tranqüilo ao Pai Te confiavas

Ali 40 dias isolado
Gente não, só bichos vias
Em oração e jejum dedicado
Por 40 dias pelo Inimigo tentado

A fazer Tua vontade instigado
Dar mostra de super poderes
Comer pão da pedra tirado
Pular de alto abaixo para todos Te verem

Viste nisso indicio de teima
Tentação a Teu Deus
E estavas certo no que discernias
Até que em certo ponto Tua ira irrompeu

Foi quando o Tentador
O mundo Te ofereceu
Em troca de adoração
Então o mandaste virar mundo
Pois só a Deus se deve prostração

Diante de tamanha fidelidade
Mostrada em lugar tão ermo
Teu Pai mostrou a Ti bondade
Por mão de anjos um banquete
Para pessoa tão importante
Que jamais alguém vira antes.

Estes foram Teus passos
Dado em lugar ermo
Confiança em Deus foi o
Teu termo
A lição que Teus passos nos deixa:
Vence que em Deus se deleita.


(Poema de Pastor Luiz Flor dos Santos para o projeto do livro Passos de Jesus).
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