sábado, 30 de maio de 2009

QUERO UMA GOTA DE COLÍRIO

Quero uma gota de colírio;
uma gota apenas.
Quero a gota aliviadora
que alivia a dor.
E a gente adora
porque mandou a dor embora...

Quero uma gota de colírio;
somente uma.
Em meu olho não cabe espuma,
não cabe pluma.
Não cabe mais que uma gota
de colírio que meu ser arruma...

Quero uma gota de colírio.
Somente uma é suficiente.
O excedente
pode mudar de plano,
chegar ao nariz por engano,
e entrar na corrente sangüínea...

Quero uma gota de colírio;
uma gota apenas.
E esta instilação
tem que ser suave, serena,
pois estou à busca de vida plena
que me acalme o coração...

Quero uma gota de colírio;
aquela que basta.
Não quero sentir gosto ruim na boca
e nem na garganta.
Quero uma alma que canta
e um coração que se encanta
com a paz...

Quero uma gota de colírio.
Colírio para os olhos.
Para os olhos da alma
uma gota apenas basta!
É uma gota de paz, uma gota de amor.
Gota poli-eficiente.
É a gota do sangue de Jesus
derramado na cruz,
para que eu possa caminhar
olhando para Cristo.

Nova Friburgo, 10 de Fevereiro de 2007 (17h37min).

Josué Ebenézer
- http://tabuinhadeescrever.blogspot.com

segunda-feira, 25 de maio de 2009

MAIS OU MENOS 40!

Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando. Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios (Salmo 90.10,12).

Oi pessoal
Estou beirando
A metade da vida.
Os 40!

Agora vem o resto.

Uma boa cozinheira
Com o resto do almoço
Faz maravilhas.

Um bom pedreiro
Com um resto de argamassa
Faz um bom pedaço de reboco.

Uma boa costureira
Com um resto de tecido
Faz uma boa roupa de bebê.

O pessoal que recicla
Faz riquezas com
O resto dos outros.

Um bom padeiro
Com o resto da massa
Faz um delicioso bolo.

E eu chegando à meia idade
Faço o que com o resto?

Tomo juízo
Conto bem os dias
Pra fazer sábio o coração.

Resta Deus me ajudar.

Resto eu minha mente
À Sua Palavra adequar.

Resto eu bom siso buscar.

E quando o resto se completar
Qual pássaro livre, voar.
Pra alturas celestes, voar.
Voar qual pássaro livre.
Livre.
Voar.

Autoria: Luiz Flor dos Santos, pastor na cidade de são Gonçalo do Amarante, Ceará na Igreja Batista Fundamentalista Cristo é Vida.

CONHEÇA OS BLOGS DO PASTOR LUIZ FLOR:
www.pulpito.blog.terra.com.br
www.poesiadegraca.blogspot.com
www.luizflor.wordpress.com (Recanto da Alma)

A Samaritana, poema de João Tomaz Parreira

Ao longe com o vestido como sombra
passava, carregada de mágoa
as mãos feridas abertas da vergonha
pendurada no cântaro
passava.

É a mulher samaritana

que vai ao poço de Jacob
buscar o silêncio da água.

Ao sol alto e despido

do meio dia
como uma flor impossível
que a sombra do seu vestido
queimava, era nele
que a impura de Samaria
se ocultava.

sábado, 23 de maio de 2009

A voz distante



- Rabi, onde assistes? Eu busco a morada
do pão e da paz, do silêncio e das flores.
Não tenho mais rumo, perdi a esperança,
e só resta a lembrança de uma voz distante.

Em meio ao silêncio, a angústia me oprime,
mas a voz distante me faz inda crer
que meu caminhar inda vai ter sentido:
caminho nas trevas, preciso de luz.

- Vem, filho, e crê: os meus olhos te vêem
e se compadecem da tua aflição.
Não temas as trevas, o dia raiou,
a tormenta passou, é manhã de esperança.

Largaste o leme do teu coração!
Ouvias tão longe a voz que te chama...
Colhi tuas lágrimas e o teu clamor:
descansa e confia no teu Salvador.

Marco di Silvanni

http://www.portodopoente.blogspot.com/

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Um poema de Helder Nozima

Corro, mas não consigo fugir
Abaixo de mim, o chão se esfarela
Abrindo a boca, tragando o que encontra
Insaciável, nada o satisfará
Até que alcance os meus pés
E me arraste para as profundezas do abismo

Agarro-me ao que encontro pela frente
E lanço para trás, para ver se sou poupado
Entrego sonhos, planos, desejos
Desesperado, busco um apoio
Uma Rocha que não possa ser tragada
Onde possa, enfim, achar refúgio

Sinto o calor do inferno sob meus pés
O desespero das almas atormentadas
O furor dos demônios, a me reclamar
Querendo lançar-me em seus castigos
Sedentos para beber minhas lágrimas
E por fim a minha esperança

Mas vive o meu Redentor, aleluia!
É a Ele que busco, é para Ele que corro
Se sob meus pés, desaparecer a terra
Seu Espírito me fará voar
Sua mão me tomará e me erguerá
E não serei vencido

Meus inimigos podem destruir a tudo
Por fogo em tudo o que amo e desejo
Atirar a lama o meu nome, privar-me de sonhos
Mas meu espírito descansará no Senhor
Ele é a minha defesa, ao final, Ele me salvará
Pois dele sou, quem poderá arrancar-me de Sua mão?

Helder Nozima

quinta-feira, 14 de maio de 2009

A MAJESTADE E O PLEBEU


Que é o homem, que deles Te lembres?
E o filho do homem, que o visites
Ó senhor, Senhor nosso?
Quão magnífico em toda terra é o Teu nome!

Mas na Tua Grandeza
Atestas-te para minha Pequenez.
Trataste-me como a um filho.

Deste Tu, a mim plebeu
Domínio sobre todas as obras das Tuas mãos.
Sob meus pés puseste
Ovelhas, bois, e tudo que há no campo
Aves dos céus e os habitantes todos dos mares vastos.

Tratas-me a pão e mel
Pão e mel vindos do céu – Tua Palavra Santa.
Rodeas-me com Teus cuidados
Pões em volta de mim, plebeu
Tuas miríades de seres angelicais.

De mim, fizeste Tua ilustre morada
Adornando os espaços trevosos
Estabeleceste em mim Teu trono.
A mim fizeste assentar a Teu lado
Fizeste-me rei e sacerdote Teu.
Tua propriedade exclusiva hoje sou.

Como a um filho a quem o pai disciplina
Disciplinaste-me para que eu atentasse
Com o caminho da vida.

Como poderia dizer:
O meu braço, a minha força, o meu poder
Adquiriram essas riquezas?
Foste Tu, Rei cujo nome é Magnífico.

Quem é o homem, que dele Te lembres?
E o filho do homem, que o visites
Ó Senhor, senhor nosso?
Quão magnífico em toda a terra é o Teu nome.

Mas Tu, Soberano
Perdoas minhas iniqüidades.
Saras as feridas que eu mesmo causei.
A mim coroas de graça. A mim plebeu.
Fartas a mim de bens enquanto envelheço.
Cada dia renovas minha mocidade.
Ainda fazes justiça à minha causa.

És todo Misericordioso e Compassivo
Longânimo e Benigno
Nunca me repreendes com severidade
Nem me tratas segundo merecem meus pecados
Que são tantos e Te aborrecem.

Extasiado de Tuas maravilhas
Digo à minha alma:
Bendize, ó minha alma ao Senhor
Não te esqueças de um só de Seus muitos benefícios.

Senhor, Senhor nosso
Quão magnífico em toda a terra é o Teu nome.
Quem é o homem para que dele Te lembres?
E a cada dia o visites com Teus bens?

Autoria Luiz Flor dos Santos, pastor na cidade de São Gonçalo do Amarante, Ceará na Igreja Batista Fundamentalista Cristo é Vida.

* Este poema baseia-se no salmo oito e no salmo cento e três da Bíblia Sagrada e em minha vivência com o senhor Deus.

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segunda-feira, 11 de maio de 2009

Do lado de fora do Éden, poema de João Tomaz Parreira

Que pássaros cantam
no paraíso que perdi?

Que estrelas, nunca
definitivas, riscaram
num buraco do céu
a sua passagem?

Em que ramo
esqueci o fruto da vida?

Habito as alternâncias do tédio
e do ânimo, às vezes
uma casa de areia
onde mesmo assim existe
um trilho de flores silvestres.

Em que mina de ouro perdi
o olhar, que já foi um brilho
na noite?

Como é difícil ser bêbado
de silêncios.

domingo, 10 de maio de 2009

DAMA DE FERRO

(Poema em homenagem ao Dia das Mães)

Do que uma mulher é capaz?
Ela é capaz de povoar o mundo.
Ela é capaz de amar cada ser que põe no mundo.
Ela é capaz de amor incondicional

Do que uma mulher é capaz?
Ela é capaz de se doar por inteiro.
Alma, mente, corpo, coração, vida.
Ela é capaz de chorar a dor do outro.
Ela é capaz de se alegrar com o sucesso do outro.

Do que uma mulher é capaz?
Ela é capaz de não dormir pra o ser amado dormir.
Ela é capaz de acordar cedo e dormir tarde sem reclamar.
Ela é capaz de se transformar numa leoa
Para defender o que sair de seu ser.

Do que uma mulher é capaz?
Ela é capaz de doar a vida ao ser amado.
Ela é capaz de pedir a doença de quem ama pra si
Só pra não vê-lo sofrer.
Ela é capaz de ser professora e exemplo ao mesmo tempo.
Ela é capaz de com seu corpo produzir alimento.

A mulher é dama de ferro capaz de tantas façanhas
Quando se torna mãe.
Ela é capaz de dar à luz e com sua luz encher a casa
A vida de todos de alegria.
Ela é capaz de com uma pequena palavra encher nossa vida de alegria.

Do que uma mulher é capaz quando se torna mãe?
Ela é capaz de gestos sempre cheios de amor.
Ela é capaz de enfrentar desafios maiores do que tudo.
Ele é capaz de se alegrar com os trabalhos que os seus amados lhe dão.

Ela, mãe, é capaz de disciplinar seus filhos
Para livrá-los da perdição.
Ela, mãe capaz, é capaz de dar a seu filho
Palavras de salvação tiradas da Lei do Criador das mães.


Você não é capaz de fazer idéia do que essa Dama de Ferro é capaz.
Mas fique certo, mãe é mulher capaz de façanhas tamanhas.
E para tudo retira forças vindas de suas entranhas onde abriga
Força e amor vindos da mão do Criador para tornar tudo mais bonito.


Do que uma mulher é capaz?
É capaz de ser mãe capaz.

Você é capaz de dizer-lhe obrigado
Por tudo que por você sua mãe foi capaz?
Você é capaz de amá-la e honrá-la
Com toda a força que você for capaz?
Seja capaz de amar a quem diante de tudo
Foi por você capaz.

Do que uma mulher é capaz?
É capaz de ser mãe capaz.


Autoria: Luiz Flor dos Santos, pastor na cidade de São Gonçalo do Amarante, Ceará na Igreja Batista Fundamentalista Cristo é Vida.


Conheça os Blogs do Pastor Luiz Flor:
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e-mail:
luiz-flor@hotmail.com e luiz-pastorflor@hotmail.com

sexta-feira, 8 de maio de 2009

A FORÇA DAS PALAVRAS


“Guardo no coração
as tuas palavras”.

Salmo 119:11


As Tuas palavras
são olhos
rasgados
navios
ancorados
em mim

as Tuas palavras
são punhos
fechados
martelo
a teimar na pedra
rebelde

são feitas de espanto
bordadas
de encanto

palavras que não hesitam
nascer

látego ou afago
lágrima rolante
enfado

palavras que ardem na carne
e ficam mel
no caminho

que choram
e aproximam

palavras que aguardam
uma bússola convicta.

As Tuas palavras
perfazem a esperança
ressuscitando a memória

as Tuas palavras
Senhor
constroem a História.

Brissos Lino

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Da dor do poeta


Embora eu não domine

pacificamente

a ciência de arrancá-las

ao útero das possibilidades

elas aqui circulam

plasmadas



Eu sou um poeta:

Em minha dor estão contidas

todas as Literaturas


Sammis Reachers

*Poema escrito antes da minha conversão. Na época, tinha por lema tácito um poema por dia. Hoje estou mal no um por mês... Mas por boa, excelente causa, e ao fim a única causa viável: a de Cristo.
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