quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Teólogo não...
Teólogo não cheira, discerne fragrâncias.
Teólogo não toca, é tocado (em diversos sentidos...)
Teólogo não respira, transpira doutrina.
Teólogo não tem depressão, tem opressão mesmo.
Teólogo não só admira a natureza, mas descreve a Criação.
Teólogo não elogia, mas louva e glorifica (a Deus).
Teólogo não tem reflexos, tem sonhos e visões.
Teólogo não facilita discussões, promove a comunhão.
Teólogo não admite algo sem resposta: diz que é bíblico.
Teólogo não fala: prega e evangeliza.
Teólogo não pensa: medita.
Teólogo não toma susto: se escandaliza.
Teólogo não chora, se derrama.
Teólogo não espera retorno de chamadas, espera respostas de oração.
Teólogo não se apaixona, atende ao clamor da carne...
Teólogo não perde energia, renova as forças em Deus.
Teólogo não divide, multiplica os pães.
Teólogo não falece, sobe ao lar celestial.
Teólogo não beija, oscula.
Marco A. C. Rosa
via http://www.portodopoente.blogspot.com/
domingo, 24 de outubro de 2010
terça-feira, 19 de outubro de 2010
PAX MULTI MAX
uma PAZ
multifocal & multimodal
reinstaura a fluição edênica
confere-me asas que abarcam
todo o Orbe,
que cobrem o mundo e permitem
o vôo perfeito, total
- omniasas para que tudo voe
para Ti, ó Céu
S.R.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
NO PARAÍSO
“no Paraíso, estive à beira de todas as cores
quando as manhãs acordaram nos meus olhos”
J. T. Parreira, “Expulsão do Paraíso”
Percorridos todos os limiares
e arestas negras, as artérias de granito
em vez da ondulação dos teus cabelos
trocadas as tuas carícias por um grito
culpados de todas as traições
de nos acolhermos ao colo de um pai estranho
extraviados da sabedoria de todas as cores
que falavam das manhãs acordadas de antanho
esquecidos das brisas lentas
das conversas sob as árvores ao fundo
da tarde, restou-nos a sombra do teu vulto
projectada como noite sobre o mundo
Mas na tua carne e no teu sangue
rasgaste para sempre a distância a frio
depusemos então as saudades à soleira da porta
reaprendemos então a alegria da Tua voz de rio
Rui Miguel Duarte
7/10/10
Publicado ineditamente em Poeta Salutor
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Um poeta pára de escrever
O poeta encomendou o silêncio
amadureceu as vestes
amadureceu as vestes
Se o poeta parar de escrever
onde poderão os pássaros encher
as mãos dos homens
do mistério das asas
onde poderá crescer o grão
do trigo debicado pelo vento
que é a ondulação
do mar nas searas
onde poderão os pássaros encher
as mãos dos homens
do mistério das asas
onde poderá crescer o grão
do trigo debicado pelo vento
que é a ondulação
do mar nas searas
Se o poeta parar de escrever
o rebanho dos homens
adormece e sonha paredes em branco
sem o lirismo de uma janela
O poeta não depende do sol
nem do atavismo de estrelas
no seu sangue, o poeta nasce
de si mesmo, se mesmo se exilar
continua a ter cânticos como lábios
O poeta se parar, escreve
nos seus olhos com as lágrimas.
10/12/2009
J.T.Parreira
Um incêndio em Alexandria, e duas ressurreições
.
Foto minha de uso livre, via Flickr
Na mesa do Café
(por quantos anos eu sonhei
Com este fútil prazer intelectual,
Sentar-me à mesa de um Café e confabular)
Você transpira uma verdade ríspida,
Um transpirar que se solidifica,
Se doloriza em palavras:
“Não se poderiam escrever
Livros sobre a Queda;
Todos os livros são sobre a Queda.
Os livros existem simplesmente por que
Um dia em Adão todos nós
Fomos derrotados.”
Silenciamos por 30 segundos
(e há visões interiores de devassadas
estantes, e há amor em nossa amizade)
E eu concluo:
“Avancemos pois sem embaraços
Para Aquele único que realmente
Tem algo a dizer,
Aquele que projetou-nos os corações
Para que fossem as tábuas bastantes
E únicas
De Sua escritura.”
Ora vem, Senhor Jesus!
Sammis Reachers
sábado, 2 de outubro de 2010
Sob um novo Amanhecer
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