domingo, 24 de junho de 2018

A DÚVIDA




( Pilar do Claustro do Mosteiro de Santo Domingo, Burgos. A cena representa a dúvida do apóstolo Tomé após a ressurreição de Cristo.)



O meu corpo aceita todas as dúvidas, o meu sangue

Que foi um tecido líquido que cobriu as minhas feridas

De novo entre vós com o sinal dos cravos, metei o dedo

No lugar onde os pregos entraram até ao amago

Dos homens, escutai o meu coração

É um botão da flor do meu amor perfeito por vós

Se vos perdesse, doíam mais as minhas feridas

As dores da cruz são agora a minha maior alegria.



23/06/2018

© João Tomaz Parreira 
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