São
os dedos que louvam, procuram entre as cordas
A linha que separa o céu e a terra, um fio
De água pura que sai do sopro nas flautas.
Daí-me uma harpa doce e com ela sararei
Os ouvidos nas paredes do templo,
Um dulcimer cristalino
Que na subtileza do som é um castelo forte,
Para afastar os inimigos que minam a alma.
Daí-me o brilho dos olhos dos irmãos
Quando ungem os seus lábios num cântico.
Daí-me címbalos retumbantes
Com eles racharei os muros do silêncio.
29-05-2015
© João Tomaz Parreira