As poeiras não entram
na casa do Altíssimo
todas as gangrenas e infecções
podem incrustar-se no espaço ou
partir-se nas pedras
eu é que não as temo as setas as pragas
que espreitam à entrada da noite
abro os olhos e o que vejo?
a arma do caçador furtivo virou-se
contra a própria mão que acciona o gatilho
marcho por entre as colunas rígidas
de exércitos empedernidos
que se estilhaçam um por um
os meus joelhos não se quebram
e os meus pés marcham
e pisam indolor um chão
de inimigos
esquivam-se fogem os medos
dos que me odeiam
e ao alto de um monte
sou transportado onde
sobre a minha cabeça
pousa como asas o sol do Senhor
Rui Miguel Duarte
12/04/11
12/04/11
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