domingo, 17 de abril de 2011

CINZAS


não há cinzas que bastem
para lá da chuva
para obscurecer sobre os oceanos
a respiração dos peixes
não há montanhas ainda
que as nuvens
parem, o vento sempre passa
e se move e toca com plumas
a terra e descansa-nos os pés

as cinzas existem
só na penumbra dos olhos
não têm mãos
para nos diluírem nos ares

nas há cinzas na tua Face
de brancura nem na tua Palavra
só esta nos basta
para lá da chuva
por dentro do mundo

Rui Miguel Duarte

17/04/11

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