terça-feira, 27 de outubro de 2009

Dois poemas de Florbela Ribeiro

Alma azul

Refresco a minha alma
No silêncio calmo
Do entardecer perfumado
E enfeito-a com
Pinceladas de azul
E andorinhas de papel.
Enquanto Tu
Que do alto me miras
E olhas por mim,
Vens e restauras
Suavemente
Aquela doce paz
Que por breves instantes
Me abandonou.


Indagar

Não estou presente
Nem ausente
Apenas quieta
Para indagar a voz
Que ecoa por entre
Os silêncios.
E assim perceber
Claramente
O que Ele
Pretende de mim.

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