quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Scripts Machina



Minha máquina antiga
antiga máquina minha
onde meus textos escrevi:
conto, poesia, cantiga.
Onde tu estás agora?
Não sei para onde fostes!
Os meus dedos te procuram
quando a poesia aflora.
Velha máquina de escritório
papel branco em teu cilindro
na reverência da inspiração.
Eras pra mim qual oratório!

Esquecida num canto da sala
da sala, num canto, esquecida
tu fostes extensão dos meus dedos
meus pensamentos te deram vida.
Ou foi tua engrenagem que emprestou
ordem as minhas fugidias idéias,
tomando forma, ganhando corpo
pra chegar e comover as platéias?
Já não sei! Estás distante...
Qual de fato é o paradeiro?
Sei apenas que os meus poemas
lembram nosso antigo roteiro.

Nova Friburgo, 02/06/2000 (6h45m)

Josué Ebenézer

http://www.tabuinhadeescrever.blogspot.com/

Um comentário:

Adelino Alves Bonfim disse...

Parabéns!Como é a maravilhosa a poesia.Também escrevi uma há alguns anos. Aqui vai.

POESIA ENTRE OS DEDOS

Quem nunca escreveu
poemas numa velha máquina?
A poesia sai do coração
escorre entre os dedos
penetra nas teclas
se embassa no carretel de tinta
e toma forma no papel.
Eu quase sempre errava
a última linha
Então arrancava a folha, jogava fora
e começava outra vez.
A vida era assim....
Ou ainda é?

Abraços

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