quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Por um rio que havia em Babilónia


Por um rio que havia em Babilónia
nossos olhos perguntavam pela foz
nossas mãos colhiam e deixavam
passar por entre os dedos as estrelas
num rio que havia em Babilónia
nas margens assentamos
o coração cansado
e os cordeiros, como as harpas
presos aos salgueiros
a um rio que havia em Babilónia
descalçamos as alparcas
e lançamos orações
como a um muro de águas.

1/9/2011

J.T.Parreira

(publicada in A Ovelha Perdida)

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...