segunda-feira, 25 de maio de 2009

A Samaritana, poema de João Tomaz Parreira

Ao longe com o vestido como sombra
passava, carregada de mágoa
as mãos feridas abertas da vergonha
pendurada no cântaro
passava.

É a mulher samaritana

que vai ao poço de Jacob
buscar o silêncio da água.

Ao sol alto e despido

do meio dia
como uma flor impossível
que a sombra do seu vestido
queimava, era nele
que a impura de Samaria
se ocultava.

Um comentário:

| Alan Fecury | disse...

Intenso instante! Muito Bom!

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