sexta-feira, 24 de agosto de 2012

SALMO 130



Como do fundo de fossas oceânicas
clamo-te, ó Deus, a minha voz
sobe à superfície do fundo das regiões 
do desespero
Sei que Tu, Senhor, não guardas na memória
os meus pecados
nas tuas mãos teces o linho
que me veste de perdão
a minha alma fia o tempo
qual Penélope desfazendo os dias
pelo amado e espera
mais do que a sentinela com os olhos
molhados pela aurora.


(de "Falando Entre Vós com Salmos -Cânticos Peregrinos 120-134" )
 
© J.T.Parreira

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