O homem que amou o mundo de tal maneira
Não fez poesia.
Mas suas palavra incandesciam
Varavam portas e prorrompiam
As paredes do coração
O Mestre nao era homem de poesia
Mas sua frases arremessavam-se tais torpedos
acordando reis estarrecidos.
Não era lírica a voz do homem que se apaixonou
daquela forma pelo mundo.
Falava dos lírios
dizendo que se tivéssemos fé
seriam assim nossos vestidos.
O Mestre nao era homem de poesia
Mas sua frases arremessavam-se tais torpedos
acordando reis estarrecidos.
Não era lírica a voz do homem que se apaixonou
daquela forma pelo mundo.
Falava dos lírios
dizendo que se tivéssemos fé
seriam assim nossos vestidos.
Falava dos pardais
para nos lembrar a nossa importancia,
Deus teria todo o cuidado se a Ele
entregassemos os mais secretos fardos
que do céu vinha tudo,
socorro e esperança.
Eram como versos brancos
as suas palavras lisas e de pedras pontiagudas
ferindo nosso amor de brilhantes ,
safiras, aguas marinhas, turmalinas.
E ungia-nos com o oleo fresco e a água lustral
que se davam aos deuses.
Na noite já alta ele despedia amigos
com os corações contentes
e as mentes cheias de perguntas.
Dobrava os joelhos.
lá no monte sua voz ecoava
em remoinho pelo deserto:
- Pai!
Falava sobre os homens
e suas palavras eram ouvidas a meio-tom
Por um Deus perplexo.
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