Prostro-me na posição cerimonial:
Minhas curtas espadas
Sobre a envergadura de minhas costas
Traçam um ‘X’
Meus olhos
Treinados para albergar águias
Dentro de si
Contemplam a um tempo
O sol e o rio Eurotas
Que foram criados pelo Deus desconhecido
No fundo da cela de meu coração
Contemplo o cadáver do meu medo
Executado no campo de honra,
Desfeito em si, implodido,
Meu medo nulificado no Agogê
Verto ânforas de hidromel
Nos rios do Hades,
E deito junto as cabeças de pedra
Dos falsos deuses,
E tudo o que me fraqueja e falseia e futiliza
Mesmo desgarrado da alcateia e cercado,
Que importa? Sou filho dos filhos de Hércules,
Sustento com virulência a guerra
Pois onde eu pisar
Pisa Esparta
Não importa a extensão da mutilação e a largura do talho;
Enquanto ainda pulsar o coração
Combato, combate Esparta
Se morro, Esparta se eterniza
Pelo rastro de minha lança
Pois respiro e quando expirar
Expirarei
Pela coletividade Esparta
Ombreio meus irmãos de fúria e sangue e liça,
A manopla da Diarquia, da Cidade de Dois Reis
Juntos traçamos um perímetro intransponível,
Consubstanciamo-nos num uno-mega-coração
Que não pode ser traspassado
E avançamos e avançamos como um sol
... ... ...
Oh a mais perfeita das imperfeitas
Paráfrases do Cristianismo que há de vir!
Demo-nos as mãos calejadas, espartanos
Sejamos o ápice
De tudo o que o homem é
Até o advento da Nova Esparta,
A do Amor e das estranhas armas,
A do Deus desconhecido,
Eterna Jerusalém que traspassará a eternidade.
Sammis Reachers
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