Um homem em quem o nome
é uma chaga
Lázaro, depois dos cães
da ternuralhe lamberem as feridas
Sentado diante de uma porta
fechada, diante de olhos fechados
para as dádivas do pão inteiro
nenhum amor, só migalhas
nenhum outro amor, senão dos cães
da ternura
temos um homem no qual o nome
cai como uma chaga
Lázaro
sentado na sombra do seu corpo
uma sombra lassa, Lázaro
crava o seu silêncio
nos olhos de quem passa.
4/6/2012
© J.T.Parreira
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