quinta-feira, 18 de novembro de 2010

AGOSTO


Prostro-me no pó e na cinza:
Ouço o uivo das ruínas,
As árias da Solidão...
Restaura o Farol
Que os vagalhões derrubaram, Senhor;
Contra o vil rugido das vagas
Que me assassinaram o sono
Ruja Teu Espírito

(agora lhe rogo como uma criança)
Envie brisa
Que crie colchões de ar
Sob mim
Para que eu largue os fardos e
flutue
Manifesta, peço-te
Um pingo do Céu
Aqui na ilha do que sou
Restaura as pontes
E cala o vulcão
Estanca o sangramento
Antes que
                 Antes que fim

Porque me deste um assassino por companheiro
Na estrada?
Para que eu aprenda a perdoar?

Tira a balança de minhas mãos, Senhor,
Que sou contumaz pecador
Ponha em minhas mãos
O amor
Teu amor
E todas as Tuas
Sementes

Sammis Reachers

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