Eu que amei com verdadeiro amor a mulher
Samaritana e aquela que partiu
E derramou o nardo puro no meu corpo e suavizou
Com os cabelos o cansaço dos meus pés
As crianças que me seguiam de longe na sua pequenez
E não cabiam nos altivos olhos das multidões
Eu que as amei com amor verdadeiro e quis salvar
Os homens dos dias implacáveis da ira
Azular corações com a profundidade dos céus
Tive que apertar nos dentes as dores
Atrozes dos cravos nas mãos e nos pés
E dos espinhos
Da coroa que me rodeou a cabeça.
9/11/2013
© João Tomaz Parreira
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