sexta-feira, 13 de abril de 2012

O Vale de Baca

Vou aproveitar o dia
Para anoitecer

Sou sargento de uma equipe
De infiltração & sabotagem do SAS*
Instalo explosivos nas pilastras de uma ponte
Em algum país insurgido
Contra os objetivos da Inglaterra,
Do Reino
Mas o tenente diz que não presto para o serviço:
eu faço perguntas

No mais sou como Adão,
Vivo de explodir pontes

Penso nas poesias de outro poeta,
Herege, Willian Blake
Meu discernimento tem se estreitado, Senhor
Dias vejo o mal
Em tudo
Dias mais não vejo o mal
Em lugar algum
Como se bem e mal se fundissem
Numa massa insossa, vale de ossos s-
ecos ou poema de Blake
Onde trafego como cósmico calango

Dias maus em que pareço
lutar uma guerra mais que perdida: olvidada

Lembra-te de mim nas trinch-
eiras de minha fraqueza,
Rei meu; livra-me da morte de con-
fundir

*Tropas de Elite do exército inglês

Sammis Reachers

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