Amor ao Próximo
Não me é dado incutir
verdades científicas,
Nem o dom das mágicas
cadências que emocionam.
Não podem minhas mãos
tirar de algum teclado
Uma série de harmonias.
Nem posso com pincel
pintar na tela
Um mar de vidro ou um
perfil de santo.
Oro no entanto pelo dom de
um sorriso
Satisfeito, ou um gesto
inspirador.
A graça de aliviar o rude
fardo
Dos que parecem
sucumbir-lhe ao peso,
E o dom de encaminhar um
ser, da dor
P'ra suave luz que um dia
lhe fugira.
Quisera ser o coração, um
mago,
Distribuindo bênçãos a
mãos cheias,
E vendo em todo passarinho
ou flor
A oculta essência de um
poder maior.
E, mais que todos, quisera
eu o dom de pena
Para mantê-lo vivo em todo
coração.
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