“A morte é uma flor que se abre uma só vez”
Paul Celan, “A morte”
Há mortes que são flores
que brotam onde querem
e preenchem de cor e aroma a casa
há mortes que no íntimo do chão
se dão em flores
que nas ondas no mar
lavram navios inteiros
há mortes que são aroma e cor
que surpreendem os próprios caules
e decompõem as espadas
quando todos pronunciavam o fim da alegria
cuja corola de uma só abertura
nos derrama água
sobre as mãos e o rosto
Rui Miguel Duarte
21/07/12
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