sábado, 4 de junho de 2011

Poietiké

Jurujuba - Niterói - RJ, num dia de solidões
Se a poesia é faca e é forca
a poesia também é mortalha
é a plúmbea bala que estraçalha
o coração sol-crispado de Lorca
é a flor que ofende e enfurece o canalha...


Ela incorporou o feio ao discurso,
a poesia é Lírica e também é Porca
linda deusa que hoje admite a falha


É algo inútil, é uma Vida, é um monte de tralha
é uma dose de palavras que na goela do papel
o poeta emborca


é banco de areia onde - cansado do oceano -
um desesperado encalha.


Sammis Reachers
(texto e imagem)
*Poema antigo, anterior à minha conversão a Cristo, publicado no Livro da Tribo

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