sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Um poeta pára de escrever


O poeta encomendou o silêncio
amadureceu as vestes
Se o poeta parar de escrever
onde poderão os pássaros encher
as mãos dos homens
do mistério das asas
onde poderá crescer o grão
do trigo debicado pelo vento
que é a ondulação
do mar nas searas

Se o poeta parar de escrever
o rebanho dos homens
adormece e sonha paredes em branco
sem o lirismo de uma janela

O poeta não depende do sol
nem do atavismo de estrelas
no seu sangue, o poeta nasce
de si mesmo, se mesmo se exilar
continua a ter cânticos como lábios

O poeta se parar, escreve
nos seus olhos com as lágrimas.
10/12/2009
J.T.Parreira

2 comentários:

www.joselitootilio.com.br disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
www.joselitootilio.com.br disse...

Meu caro J.T.Parreira quando os poetas pararem de dá sentido a vida com a poesia, certamente as pedras por si só escreverão pois a poesia nos faz ver a essência com transparência escondida em cada rosto. Lindo poema, digno de admiração! Grande abraço!
http://joselitootilio.blogspot.com/

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...