A espiga tinha de se mostrar
ao sol de esquecer o passado
os dias da semente
e as noites do caule
tinha de crescer de cortar
rente o sono de abandonar
no chão a sua névoa
e seguir com o vento
tinha de conhecer
o segredo do céu
mostrar-se ao sol
e seguir com o vento
era-lhe necessário
assim faz o ouro
e à espiga restava
aprender
tinha apenas
de rasgar o tegumento
e para lá do restolho
ser
Rui Miguel Duarte
13/08/11
Nenhum comentário:
Postar um comentário