A rua de minha infância
tinha pedras.
E eu caminhava esperanças
nas pedras de minhas andanças.
Meus sonhos depositei
nos altos.
Nos altos montes verdes
da Serra de pedras-paredes.
Da rua eu via o monte;
pisava o chão.
O chão do meu sonho Brasil:
um cristal que se partiu.
Tentei escrever uma história
nos céus.
Céus de um azul tristonho
aniquilador de sonho.
Minha pipa serpenteava
bem alegre.
Escrevi no horizonte: futuro.
Mas do sonho o monte era um muro...
Minha casa ficava na rua
da esperança.
Esperança que se perdeu na chuva
deixando-me com a vista turva.
A rua ainda continua por lá
e a casa.
A casa de onde ainda se vê o monte.
Só o sonho que secou como a fonte...
Josué Ebenézer
Nova Friburgo, 20 de Dezembro de 2006 (12h15min).
http://tabuinhadeescrever.blogspot.com
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