sábado, 23 de maio de 2009
A voz distante
- Rabi, onde assistes? Eu busco a morada
do pão e da paz, do silêncio e das flores.
Não tenho mais rumo, perdi a esperança,
e só resta a lembrança de uma voz distante.
Em meio ao silêncio, a angústia me oprime,
mas a voz distante me faz inda crer
que meu caminhar inda vai ter sentido:
caminho nas trevas, preciso de luz.
- Vem, filho, e crê: os meus olhos te vêem
e se compadecem da tua aflição.
Não temas as trevas, o dia raiou,
a tormenta passou, é manhã de esperança.
Largaste o leme do teu coração!
Ouvias tão longe a voz que te chama...
Colhi tuas lágrimas e o teu clamor:
descansa e confia no teu Salvador.
Marco di Silvanni
http://www.portodopoente.blogspot.com/
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