quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

A Filha do Abismo, poema de Edna das Dores de Oliveira Coimbra

 


A Filha do Abismo


Jezabel, a rainha de Israel
A filha de Etbaal, a esposa de Acabe
A que trouxe a idolatria, a que trouxe a perversão
Ela tinha fogo na alma e uma pedra no lugar do coração.

Jezabel, a filha do abismo
A que se prostrou diante de Baal
A que se deleitava em fazer o mal
E mostrava toda a sua crueldade de forma brutal.

Jezabel, a que sabia o poder que ela detinha
A que arquitetava planos malignos
A que mandava matar por maldade ou capricho
Tanto os profetas do Senhor, como os donos de vinha.

Jezabel, a que afrontou o Profeta Elias
E com uma única ameaça o fez fugir para o deserto
Pois ele bem sabia a quem a perversa servia
Mas o Senhor o encontrou, e da depressão o libertou.

Jezabel, a que se vestiu de seda, a que se pintou de vermelho
A que se apresentou como rainha, a que se proclamou deusa
Mas o Senhor não se esqueceu da sua malvadeza
E enviou o Comandante Jeú, para destruí-la sem buscar conselho.

Jezabel, a que foi jogada pela janela
A que foi devorada pelos cães
A que recebeu o que foi dito em profecia
Porque vindo de Deus, tudo se cumpri na medida.

Jezabel, símbolo de horror
Mas também exemplo de pavor
Pois a ambição exagerada e o orgulho aviltante 
Trazem vergonha, dor e uma morte humilhante.

Para evitar o caminho de Jezabel,
É necessário lembrar-se que há um Senhor no céu
Que tem todo poder e autoridade
Mas nos concede misericórdia, porque nos ama de verdade.
 

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